Tu sei qui
Frédéric Chopin
Frédéric François | Chopin |
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Liste des compositions
Musica lirica
Musica strumentale
Musica da camera
Musica vocale
Musica concertante
Compositions sorted on opus (if available)
74 numéros
B. 2
B. 9
B. 10 . 1
B. 12 . 72/ 3
B. 12a
B. 14
B. 15 . 5
B. 17
B. 17a
B. 20 . 72/ 2
B. 22 . 2
B. 23 . 4
B. 25 . 8
B. 26 . 73a
B. 27 . 73b
B. 28 . 13
B. 29 . 14
B. 37
B. 43 . 21
B. 53 . 11
B. 58 . 22b
B. 69
B. 70
B. 72 . 46
B. 76 . 16
B. 80 . 12
B. 81 . 19
B. 86
B. 88 . 22a
B....
B.... . 3
B.... . 10
B.... . 25
B.... . 28
B.... . 74
B.... ....
B.113
B.114
B.117
B.128 . 35
B.129a
B.130
B.137 . 49
B.139 . 43
B.140a
B.141 . 45
B.144
B.151
B.154 . 57
B.155 . 58
B.158 . 60
B.160
B.160 . 65
Sheet music for Frederic Francois Chopin
Godowsky Collection, Volume 3 - 53 Studies On Etudes Of Frederic Chopin And Other Chopin Arrangements — Frederic Chopin
solo piano — collection — Romantic Period
53 Studies on tudes of FrOdOric Chopin and other Chopin Arrangements. Composed by Frederic Chopin (1810-1849). Edited by Leopold Godowsky. Smythe Sewn. Back To School. Romantic Period. Collection. With performance notes, introductory text and instructional text (does not include words to the songs). 445 pages. Carl Fischer Music #ATF137. Published by Carl Fischer Music (CF.ATF137).
Price: $54.00
Simply Chopin — Frederic Chopin
Piano — Book — Masterwork Arrangement; Recital; Romantic
The Music of Frederic Chopin -- 25 of His Piano Masterpieces. Composed by Frederic Chopin (1810-1849). Arranged by Jerry Ray. Masterworks; Piano Collection; Piano Supplemental. Simply Series. Masterwork Arrangement; Recital; Romantic. Book. 80 pages. Alfred Music #00-27017. Published by Alfred Music (AP.27017).
Price: $13.00
My First Chopin — Frederic Chopin
piano — Softcover — Classical, Romantic
Easiest Piano Pieces by Frederic Chopin. Composed by Frederic Chopin (1810-1849). Edited by Wilhelm Ohmen. This edition: Saddle stitching. Sheet music. Piano. Classical, Romantic. Softcover. 52 pages. Schott Music #ED 22459-01. Published by Schott Music (HL.49045374).
Price: $14.00
My First Chopin — Frederic Chopin
piano — —
Easiest Piano Pieces by Frederic Chopin. Composed by Frederic Chopin (1810-1849). Edited by Wilhelm Ohmen. This edition: Saddle stitching. Sheet music. 52 pages. Schott Music #ED 22459. Published by Schott Music (HL.49045373).
Price: $15.00
Lyric Dream - String Quartet Transcription, with variation, Chopin Prelude. Opus 28, #4 in Em — Frederic Francois Chopin
String Quartet — Set of Parts — Romantic Period
Composed by Frederic Francois Chopin. Arranged by Mark Gordon Turner. Romantic Period. Set of Parts. 5 pages. Published by M.G.Turner (S0.43529).
Price: $1.00
Chopin Preludes Sticky Notes — FReDeRIC (FRANcOIS) CHOPIN
— Sticky Notes —
Composed by FReDeRIC (FRANcOIS) CHOPIN. Music Boutique. Sticky Notes. Edition Peters #TTS028. Published by Edition Peters (PE.TTS028).
Price: $3.00
Frederic Chopin - Ballades — Frederic Chopin
Piano solo — Softcover — Classical
Piano Solo. Composed by Frederic Chopin (1810-1849). Edited by Norbert Muellemann. This edition: Urtext Edition, Paperbound, Revised edition. Sheet music. Paperbound. Henle Music Folios. Classical. Softcover. 92 pages. G. Henle #HN862. Published by G. Henle (HL.51480862).
Price: $28.00
Frederic Chopin - Barcarolle in F-sharp Major, Op. 60 — Frederic Chopin
Piano solo — Softcover — Classical
Piano Revised Edition. Composed by Frederic Chopin (1810-1849). Edited by Hans-Martin Theopold and Norbert Mullemann. Sheet Music. Paperbound. Henle Music Folios. Classical. Softcover. 28 pages. G. Henle #HN993. Published by G. Henle (HL.51480993).
Price: $13.00
Frederic Chopin - Piano Trio in G minor, Op. 8 — Frederic Chopin
Violin, Cello and Piano — score and parts (paperbound) — Classical
Score and Parts. Composed by Frederic Chopin (1810-1849). Edited by Andreas Groethuysen and Ernst Herttrich. Sheet music. Paperbound. Henle Music Folios. Classical. Score and parts (paperbound). 88 pages. G. Henle #HN1068. Published by G. Henle (HL.51481068).
Price: $50.00
Frederic Chopin - Two Nocturnes — Frederic Chopin
violin and piano — Softcover — Classical
Violin and Piano. Composed by Frederic Chopin (1810-1849). Edited by Friedemann Eichhorn and Wolfgang Birtel. Arranged by Pablo de Sarasate. This edition: Saddle stitching. Sheet music. Violin Library. Classical. Softcover. Op. 9/2 - op. 27/2. 16 pages. Schott Music #VLB 171. Published by Schott Music (HL.49019368).
Price: $13.00
[In Dutch]
- Piano: Albumblad; ‘Allegro de Concert’; Andante Spianato; Andantino; 4 Ballades; Barcarolle; Berceuse; Bolero; 2 Bourrées; Canon; Cantabile; Contradans; 3 Ecossaises; 27 Etudes; Fantasie; Fuga; 4 Impromptus; Largo; 61 Mazurka’s; 2 Marsen; 21 Nocturnes; 16 Polonaises; 26 Preludes; 4 Rondo’s; 4 Scherzi; 3 Sonates; Tarantelle; 4 Variatiewerken; 20 Walsen
- piano-vierhandig: 1 Variatiewerk
- 2 piano’s: 1 Rondo
- fluit/piano: 1 Variatiewerk
- cello/piano: ‘Grand Duo’; Introductie & Polonaise; Sonate
- viool/cello/piano: Trio
- zang/piano: 19 Liederen (Pools)
- piano/orkest: ‘Grande Polonaise’; Fantasie; ‘Krakowiak’ (Concertrondo); 2 Pianoconcerten; 1 Variatiewerk
[in Portuguese]
Jean-François Grancher (Voya Toncitch)
Vistas para os Prelúdios de Chopin
Embora a intensidade dum sentimento pessoal ou dum estado afectivo represente de maneira nenhuma uma garantia para a sua longevidade, as cores sentimentais e afectivas do monumento sonoro opus 28 de Chopin, suas matrizes desabituais que o olho não distingue, mas que o ouvido percebe e transmite de maneira quase imperceptível à imaginação do intérprete, ou do leitor, ou do auditor, se revivam tomando a pátina da demora e suscitam as reflexões e as análises novas, os novos estudos. Umas vezes majestoso e sossegado, ou fulgurante e decisivo, outras vezes pensador quimérico ou profeta fascinador, sempre encantador e sedutor, Chopin oferece aos nossos sentidos uma constelação de emoções cujo carácter alotrópico permite ao nosso espírito que assimile dela as luzes compatíveis com as que o iluminam ou que ele emite.
As confessões de Chopin têm um título modesto: Prelúdios. No entanto, esse nome é logicamente justificado: essas 24 peças (estudos, nocturnos, mazurcas, tocatas, cantos sem palavras, caprichos, marcha, arabesco, improviso, improvisação), representam uma acção incoativa: elas preludiam a um movimento psicológico provocado pelo seu proprio fenómeno sonoro.
Antes de partir para Baléares com George Sand e os filhos dela em outubro de 1838, Chopin mostrou au seu amigo Camille Pleyel e a sua esposa Madame Marie-Félicité Moke os esboços de peças breves, escritas em diferentes tonalidades entre o mês de Maio de 1829 e o mês de Outubro de 1838 e propos completá-las e reunir numa colecção de 24.
Camille Pleyel (1792–1855), filho do austríaco Ignace Pleyel (1757–1831), mestre de capela em Estrasburgo e compositor, depois homem de negócios-, era fabricante de pianos, compositor e pianista.
Marie-Félicité Moke, pianista belga, nasceu em Paris em 1811, faleceu em Bruxellas em 1875, casou com Camille Pleyel em 1831 depois de ter rompido os esponsais com Berlioz.
Camille Pleyel aceitou a proposta de Chopin e deu em sinal.
Após uma viagem tumultuosa, Chopin, George Sand e os seus filhos chegaram a Maiorca. Apesar dos ataques sonsos da doença e inconvenientes da realidade cotidiana, Chopin deu-se num trabalho obstinado num ambiente que lhe convinha e muito contente com si mesmo. “Quanto à minha vida, vivo um pouco mais.. Fico perto do que há de mais bonito.” – escreveu Chopin de Palma de Maiorca au seu amigo e conterrâneo Julian Fontana no dia 15 de Novembro 1838 anunciando-lhe o envio próximo de Prelúdios.
Julian (Jules, Julien) Fontana, pianista e compositor polaco, nasceu em Varsóvia em 1810, suicidou-se em Paris no dia 31 de Dezembro 1869; editou as obras póstumas de Chopin.
A colecção de 24 peças foi completada e enviada a Fontana no dia 12 de Janeiro de 1839, acompanhada da carta seguinte: “Envio-te os Prelúdios. Recopia-os, tu e Wolff. Não penso que tenha erros. Tu darás o que terás recopiado a Probst e o manuscrito a Pleyel. Dentro de umas semanas receberás uma Balada, algumas Polacas e um Scherzo.” O manuscrito de Chopin teve o título seguinte:
“24 Prelúdios para o piano-forte dedicados ao seu amigo J. C. Kessler por Chopin”.
A cópia destinada ou feita pelo pianista polonês Piotr Wolff (1810–1882) que deveria presentar a obra na Alemanha, teve o título seguinte:
“Vinte e quatro Prelúdios para o piano dedicados ao seu amigo J. C. Kessler por Chopin.”
A mão que acrescentou “op. 28”, riscou o nome de J. C. Kessler e marcou “Ao Sr. Camille Pleyel pelo seu amigo”. Um mistério cerca essas apostilas que têm certa importância. Foi Julian Fontana que era autor delas, ou Camille Pleyel, ele mesmo, ou Sra Moke, ou seu jovem aluno Auguste Wolff (1821–1887) que se tornará director e associado da Casa Pleyel ? – Chopin escreveu a Fontana no dia 17 de Março de 1839: “… Pleyel é um cretino… deixei em branco o número do opus porque não o conheço.” (No mesmo dia Chopin escreveu a Grzymala de Marselha: “Este imbecil Pleyel furrou-me numa situação muito complicada.”) – Julian Fontana pôde mencionar 28 como o número de opus sabendo que o opus 29 (Improviso no. 1 em lá bemol maior) jà tinha sido publicado em Paris e em Londres em 1837 ?- Por outro lado, o editor Schlezinger publicou um anúncio publicitário na “Revue et Gazette musicale de Paris” no dia 21 de Janeiro de 1838 aferente aos op. 29, op. 30 (Mazurcas em do menor, si menor, ré bemol maior e do sustenido menor), op. 31 (Scherzo no. 2 em si bemol menor), op. 32 (Nocturnos em si maior e la bemol maior). – As obras do opus 33 (Mazurkas em sol sustenido menor, ré maior, do maior e si menor) e do opus 34 (valsas em la bemol maior, la menor e fa maior) jà foram conhecidas da parte do público.
Por certo, Chopin escreveu a Fontana de Marselha numa carta que não é datada, provavelmente escrita entre o dia 28 de Março e o 25 de Abril de 1839: “… Queria que os meus Prelúdios fossem dedicados a Pleyel (com certeza, não é tarde, porque não são impressos), a Balada ao Sr. Robert Schumann, — as Polácas a ti, como jà está dito. – A Kessler – nada! Se Pleyel gostar da Balada, então dedica os Prelúdios a Schumann.”
Mas Fontana, que não afeiçoava particularmente o industrial francês, conhecia melhor a cronologia de obras de Chopin que o autor. Indiquémos também que a primeira edição francesa de Prelúdios levando o número do opus data de 1860!
Dez dias depois do envio de Prelúdios a Fontana, Chopin escreveu a Pleyel: “… Tenho de avisá-lo que há alguns manuscritos a sua disposição: 1. A Balada; 2. Duas Polacas (o Senhor jà conhece a em la maior); 3. Un terceiro Scherzo” – Trata-se evidentemente da Balada no 2 em fa maior, op.38-, das Polacas op. 40 (la maior e do menor) e do Scherzo no 3 em do sustenido menor, op.39.
Os Prelúdios foram publicados em Septembro de 1839. Chopin tocou-os pela primeira vez nos Salões de Camille Pleyel no dia 26 de Abril de 1841.
Franz Liszt publicou um relato do concerto no dia 2 de Maio de 1841 na “Revue et Gazette musicale de Paris” e acentuou o grande efeito dos Prelúdios caracterizando as obras do gênio:
“Semelhante às flores que abrem só da noite os seus odorantes cálices, ele precisava dum ambiente de paz e de recolhimento para derramar livremente os tesouros de melodias que repousam em si. A música é a sua linguagem, linguagem divina na qual ele exprimia uma ordem de sentimentos que só um pequeno número de gente pode compreender.” — escreveu Liszt no mesmo artigo.
Alguns admiravam em Chopin o compositor de salão ou intérprete de sentimentalidades deslavadas, os outros – o chantre com impulsos rítmicos da terra onde nasceu. Alguns viam em Chopin o árbitro de elegância. Os outros – o poeta da força viril. Alguns, apaixonados pela beleza esquisita traçada pela sua paleta, exprobaram-lhe algumas linhas que julgavam mórbidas e lúgubres, os outros, exaltados com a sua graça, desejavam impeli-lo aos cimos da doçura, esquecendo a riqueza do seu potencial dramático. Os que apreciavam o patriota e o chantre da liberdade, omitiram de compreender que a saudade e as infelicidades da pátria inspiravam os sentimentos pouco comuns e dictavam as atitudes. Os outros, ávidos de sentimentos nobres e requintados, recusaram a compreender o desabitual e o insólito na música de Chopin.
Mas, deixemos falar os grandes.
Robert Schumann acha que os Prelúdios de Chopin são esboços, inícios, escombros da plumagem loucamente intricados. “Mas, na cada peça vemos sua escritura requintada, perlada: a de Chopin.” – Schumann reconhece Chopin mesmo nos silêncios dos Prelúdios, nos sopros apaixonados. Julgava que Chopin tinha sido a alma poética a mais atrevida e a mais altiva da época. “O caderno inclui, evidentemente, algumas linhas febris e sombrias; deixem cada um buscar o que lhe convém; só o filísteu não descobrirá nada.”
“Sem falsa procura da originalidade, Chopin era ele no estilo como na concepção.” – dizia Liszt no seu artigo do dia 2 de Maio de 1841. “Ele soube dar uma forma nova aos pensamentos novos. Esses elementos um pouco abruptos e selvagens, provindos da sua pátria, exprimiram-se nas audácias das dissonâncias, nas harmonias estranhas, enquanto a delicadeza e a graça, provindas da sua pessoa, se revelem em mil perfis, em mil ornamentos de uma fantasia inimitável.”
George Sand, que foi, senão inspiradora dos Prelúdios compostos entre Maio-Junho de 1832 e Janeiro de 1839, sua testemunha física e espiritual e criadora do ambiente favorável ao nascimento deles, ecreveu na sua obra “História da minha vida”: Suportando o sofrimento com bastante de coragem, ele não pôde vencer o desassossego da sua imaginação.”
A expressão ‘bastante de coragem” parece-nos muito branda. Só os gigantes cuja força física fica totalmente eclipsada pelo poder espiritual são capazes de escrever, com um sorriso pálido e sem assombro, que o primeiro médico que o tinha auscultado a Maiorca declarou que ele já estava morto —, o segundo: que morreria —, o terceiro: que já morria. (Esta carta de Chopin é escrita em polonês; alguns tradutores substituem o verbo morrer por rebentar).
É esse desassossego da sua imaginação tão bem formulado por George Sand que deu origem às mais belas páginas de Chopin escritas a Maiorca? O desassossego da imaginação que se torna estro e empolga as tempestades antes de transformá-las em oceano de sossego e de serenidade de espírito, sempre sustentado por vigor interior, dominando os combates íntimos e apagando os danos da doença. Essa doença, sempre chamada “tísica” por causa de expectorações e de hemorragias, esquecendo que a verdadeira tísica é uma doença contagiosa, que ninguém da companhia de Chopin foi contaminado e que Chopin, apesar de tratamentos insignificantes e completamente rudimentares, aguentava durante muitos anos. Frequentemente falava-se no carácter misantrópico dos tísicos, muitas vezes com muita malvadez e uma opinião preconcebida, na necessidade que os tísicos têm para o ermo cioso e gestos hostis. Chopin foi presa dos sentimentos vindicativos, de essa miopia de espírito ditada pela deficiência física e pelo desespero ? Não acreditamos nisso apesar de suas variações de humor das quais ele era perfeitamente consciente: “…que deus te dá bom humor, saúde e força, essas coisas tão úteis.” – escreveu Chopin a Grzymala no dia 17 de Março de 1839 de Marselha. Sua palidez aristocrática, tão bem descrita pelos seus coevos e por Liszt, não vertia uma anemia e uma asma bronquial ou as perturbações circulatórias nos pulmões e no estómago provocando fluxo de sangue, tosse persistente e estados febris?
“Esforçava-se, depois, por rir e tocava-nos as coisas sublimes que tinha acabado de compor, ou, melhor, as ideias terríveis e aflitivas que tinham vindo apossar-se dele, sem ele saber, na esta hora de solidão, de tristeza, de assombro.” — continua George Sand.
Essas coisas sublimes (vividas a Maiorca) reflectem-se nos prelúdios no 5 (ré maior), no 6 (si menor), no 21 (si bemol maior).
“Vários apresentam ao pensamento as visões de monges falecidos e a audição de cantos fúnebres que o preocupavam.” — sempre segundo George Sand.
As especulações religiosas influem os prelúdios no 9 (mi maior), no 13 (fa sustenido maior), no 15 (ré bemol Maior). O prelúdio no 9 (Largo e grave) em mi maior não é um hino de igreja, onde as vozes solenes e graves são acompanhadas de órgão que ressoa num templo solitário ? – “Sem dúvida vou morar num claustro admirável, num sítio o mais lindo do mundo: o mar, os montes, as palmeiras, o cemitério, uma igreja teutônica, os escombros duma mesquita… “ -escreveu Chopin a Fontana na sua primeira carta de Maiorca.
O prelúdio no 13 (Lento/e con grand’espressione) em fa sustenido maior é uma grande reza, Trindades dum ateu ou simplesmente descrente, evocando num ambiente majestoso duma igreja ou dum claustro a sua saciedade. – “Amanha dirigir-me-ei para esse claustro admirável de Valhdemosa para escrever na cela de esse monge idoso que tinha mais fogo do que eu, talvez, mas esse fogo abafou-o, abafou e apagou, porque ele tinha-o inutilmente.” – escreveu Chopin a Fontana no dia 14 de Dezembro de 1838. O carácter quase épico desse prelúdio é em contradição com o apelido que Cortot lhe deu “Na terra estrangeira, à noite estrelada, pensando na bem-amada distante.” – O muito belo estudo op.10 no 6 em mi bemol menor é concebido no mesmo espírito.
O prelúdio no 15 (Sostenuto / con espressione e semplice) em ré bemol maior pareceu tão pessimista a Cortot que o tinha intitulado “Mas, a morte já esta lá, na sombra” – (felizmente, a morte ficará na sombra durante dez anos). Esse prelúdio traduz um ambiente de vêsperas precedidos dum canto nocturno profano. Jamais Chopin pareceu mais crente. Jamais sua religião íntima pareceu mais oculta. Notemos, que o pianista e compositor francês Lucien Wurmser, que reviu os Prelúdios e Rondos de Chopin para Edição francesa da música clássica em 1916, marcou,entre parênteses, sobre o sexagésimo compasso “religioso”.
O prelúdio no 4 (largo) em si menor apresenta de maneira piedosa uma homenagem a uma esperança perdida que engendra uma esperança nova. O acompanhamento é doutamente construido e levado ao ponto culminante pela espontaneidade expressiva e intuição infalível de Chopin. Cortot chama esse prelúdio “Num túmulo.” Talvez, por causa do seu aspecto de recolhimento, talvez sob a influência da carta de Chopin incluindo palavras cemitério, igreja teutónica, mesquita.
No entanto, é conveniente sublinhar, o elemento imressionista que faz maravilhas nas obras por piano de Liszt e de Schumann, aparece só de modo episódico na obra opulenta de Chopin, sempre precedido duma motivação ou acompanhado duma reacção psicológica. Mesmo, as descrições de Chopin, igualmente pouco frequentes, são pouco impressionistas, como o demostra o prelúdio no 14 em mi bemol menor. Cortot vê nesse prelúdio a imagem do mar tepmestuoso. Admitamos que se trate duma aparição impressionista. Mas, trata-se mais duma visão poetica do vento, uma expressão sonora do vento vindo de longe, afastando-se e desaparecendo sem nos arrebatar. O manuscrito e as edições originais, francesa (Catelin e Cº), alemã (Breitkopf & Härtel e inglesa (Wessel and Cº) indicam como movimento Allegro (alla breve) substituido por Chopin em Largo para a excelente edição inglesa de Oxford University Press. Esse vento que impressionou Chopin a Maiorca perdeu um pouco de sua força na memória do compositor? Notamos uma certa similitude de espírito com o movimento final da Sonata op. 35 em si bemol minor. Lá, reconhecemos o vento. Essa similitude não fica só no espírito da obra, mas na sua ossatura tembém. Chopin produz os efeitos prodigiosos com o que ele chama inocentemente “chilreada em uníssono” aparecendo já no seu opus 5 (Rondo alla mazurca). O uníssono de Chopin sustenta a acção dramática (movimento final de Sonata op. 35), ou dá acentos dramáticos à descrição (prelúdio no 14), ou torna mais expressiva uma ideia épica (início da Balada em sol menor, op. 23), ou um pensamento lírico (segundo movimento Larghetto do Concerto em fa menor), ou prepara uma acção (ínicio da Polaca op. 44 em fa sustenido menor), ou serve de ligação arquitectural (entre a Masurca e a Polaca no op. 44) e “Os outros são melancólicos e suaves, vêm-lhe nas horas de sol e de saúde, no ruído do riso das crianças , ao som longínquo de guitarras, aos cantos de aves sobre a folha húmida.” – continua George Sand.
Parece-nos que o prelúdio no 11 (Vivace) em si maior foi inspirado por uma réstia tímida do sol de inverno levando um bocado de saúde.
Nós não ouvimos o som longínquo de guitarras nos prelúdios de Chopin —. De certo modo, os prelúdios no 10 (Molto allegro) em do sustenido menor e o no 22 (Molto agitato) em sol menor, concebídos em Maio e em Julho de 1829 na Polónia, representam uma homenagem a Niccolò Paganini que estreou em Varsóvia (em Maio e em Julho de 1829). Talvez, Chopin tocasse-os à romancista que ouviu ou imaginou cordas. Talvez, a romancista fosse impressionada pela primeira carta de Chopin enviada de Palma a Fontana: “De noite, ouvem-se guitarras e cantos durante horas inteiras.” (Chopin lia e traduzia a sua correspondência a George Sand que muitas vezes acrescentava um pós-escrito.) – Façamos uma exprimentação acústica e escutemos atentamente o Capricho op. 1 no 17 em mi bemol maior de Niccolò Paganini em primeiro, depois o prelúdio no 10 de Chopin. O prelúdio de Chopin não representa uma variação sobre o tema de Paganini, intervindo depois a introdução do Capricho? Uma audição atenta do Estudo no 2 tirado de Paganini por Franz Liszt (composto em 1838) confirmara a nossa comprovação. Façamos também un testo visual e comparemos o Capricho op. 1 no 7 em la menor de Paganini ao prelúdio no 22 de Chopin. Notaremos facilmente a semelhança arquitectónica, a similitude do movimento.
Assim, Chopin prestou seu nome ao manifesto de romantismo escrito por Niccolò Paganini (1782 Génova – 1840 Niça) em forma de 24 Caprichos por violino solo em 1802 —. Robert Schumann juntou o seu nome em 1832 com o seu opus 3, Franz Liszt em 1838.
Não busquemos “o canto de aves sobre a folha húmida”! Nunca atingiremos a subtilidade verbal e expressiva de George Sand. São arabescos do prelúdio 23 (Moderato) em fa maior que lhe inspiraram essa prosa tão bela e harmoniosa.
“Os outros são duma tristeza sombria e, seduzindo o ouvido, magoam o coração.”
Certamente, trata-se do prelúdio no 2 (Lento) em la menor. Cortot cita Hunecker que acha esse prelúdio exasperador aos nervos, feio, desesperante, grotesco, discordante. – O indivíduo nomeado Kleczinski pediu a supressão de essa obra prima da colecção por causa da sua esquisitice. Felizmente, esses gritos vasios ficaram sem ecos. Tarnowsky provou que esse prelúdio tinha sido composto muito tempo antes da partida para Maiorca (sua conferência na Universidade de Cracóvia em 1871). Somos persuadidos que a obra data do dia 11 de Agosto de 1829. Chopin estreou em Viena e fez uma improvisação sobre o Chmiel (canto ritual popular). A semelhança esquemática é evidente. Esse prelúdio é realmente interessante em vários pontos de vista. É em lá menor na colecção, mas é tão atonal e politonal, mesmo pentatónico, que tonal. Esse acompanhamento (a mão esquerda) tão ousado na época de Chopin, é duma beleza estranha. Todos os pianistas sabem que não é nada fácil reproduzir a sua beleza, guardá-lo na memória e resolvê-lo tecnicamente. É a voz humana que ele segue ou a dum violoncelo segredo que preocupava tanto Chopin e que se presenta também no estudo op. 25 no 7 (do sustenido menor) e na valsa op. 34 no 2 (lá menor)? Onde se termina a sua mensagem, no lá do compasso final ou no si, a primeira nota do penúltimo compasso?
“Há um prelúdio que lhe veio numa noite de chuva lúgubre que põe na alma um desalento pavoroso.”
“Sem diferençar o sonho da realidade, sossegou e suavizou tocando piano.”
“…Sua composição dessa noite era cheia de gotas de chuva que ressoavam…”
Qual é essa gota de chuva que levantou vagas de controvérsia?
Vemô-la e ouvimô-la no prelúdio no 6 (Assai lento) em si menor. Persistente, ela aumenta o seu tom, esboça uma locução melódica antes de derreter na uniformidade do seu ritmo e tornar-se inaudível.
Liszt escreveu em 1876 que a sentia no prelúdio no 8 (Molto agitato) em fa sustenido menor. Mas, parece que esse prelúdio foi composto em Setembro de 1831 quase simultâneamente com os prelúdios no 3 (Vivace) em sol maior e no 24 (Allegro appasionato) em ré menor que termina a colecção. Essa pequena trilogia é contemporânea do estudo op. No 12, chamado “revolucionário”. Enquanto o estudo e o prelúdio no 24 (que faz pensar em Beethoven) exprimam a revolta e a indignação, tão poetica e dramaticamente traduzidos para a linguagem sonora, os prelúdios no 3 e no 8 são iluminados por uma luz de espero da victória final.
O prelúdio no 1 (Agitato) em do maior provém duma improvisação, forma tão cara a Chopin. Mas, apesar do seu carácter de improvisação, esse prelúdio é uma pequena jóia polifónica. Julgamos que Chopin compos o prelúdio que abre a colecção no dia da entrega do piano que Camille Pleyel lhe enviou de Paris. Chopin sentou-se para testar o instrumento tão esperado, lembrou-se do Cravo bem temperado de Bach e criou essa introdução aforística, persuasiva e maravilhosa.
Alguns afirmam que o prelúdio no 21 (Cantabile) em si bemol maior foi composto em 1836 ou 1837, ou mesmo no começo do 1838.
Segundo George Sand falando nas coisas sublimes que escondem as ideias terríveis e aflitivas que ela ouviu a Maiorca, esse prelúdio parece-nos cheio de ideias subentendidas. Essa cantilena inicial transformando-se em acordos encantativos suaves e misteriosos exprime, talvez, uma indisposição física demasiado fraca por sombrear o espírito criador impondo a sua serenidade.
Acreditamos que o último prelúdio escrito a Maiorca é o no 16 (Presto con fuoco) em si bemol menor. Cortot vê em esse prelúdio uma marcha ao abismo. A esrutura rítmica e a similtude harmónica com o primeiro movimento da Sonata op. 35 em si bemol menor também são evidentes. O prelúdio no 16 exprime uma alegria ocasionada por um trabalho acabado em forma de estudo duma virtuosidade vertiginosa e sedutora, um pouco exterior, mas nada superficial, cheia de acentos dramáticos. É o espírito que comenta um ambiente agradável e favorável ou, simplesmente, uma homenagem espirituosa à virtuosidade transcendental de Liszt?
Comprovámos logo que os prelúdios números 1, 4, 5, 6, 9, 11, 13, 14, 15, 16, 21 e 23 foram escritos a Maiorca entre Outubro de 1838 e o dia 12 de Janeiro de 1839.
O prelúdio no 7 (Andantino) em la maior,que pareceu tão fácil a Delphine Potocka, foi concebido e materializado em 1836. Ele introduz uma nota nostálgica na colecção. Os pianistas sabem bem quão difícil é interpretar essa mazurca e tornar perceptível esse acento tónico sobre a nota do compasso que a caracteriza. Muitos tranfomam-na em valsa lenitiva. No entanto, trata se de Andantino.
O elemento folclórico reaparece no prelúdio no 12 (Presto) em sol sustenido menor (compassos 21-28 e oito compassos finais), tecido da mesma fibra estrutural já encontrada no estudo op. 10 no 2, em la menor. É uma modificação alotrópica desse estudo (antigamente Exercício no 2), cujo manuscrito leva a data do 2 de Novembro de 1830: partida definitiva de Chopin de Varsóvia. Isto permite de atestar que esse prelúdio foi concebido na mesma época que o estudo acima mencionado.
O prelúdio no 17 (Allegro / con amoroso) em lá bemol maior é uma homenagem feita a George Sand em Maio-Junho de 1837. Chopin evoca numa carta enviada a Fontana; “Se puderes, pedir-te-ei que copies o prelúdio em lá bemol (maior); queria dá-lo a Perthuis.” A carta não é datada, mas os especialistas em epistolografia julgam que ela foi escrita em 1837 —. Alguns vêem em esse prelúdio uma influência de Mendelssohn, que Chopin encontrou em 1834. Isto é quase uma insulta. Nunca a música de Mendelssohn atingiu esse peso específico. Por outro lado um prelúdio em lá bemol maior, composto em 1834 e dedicado a Piotr Wolff, descoberto em 1918, mostra que Chopin já possuíu uma peça escrita nessa tonalidade, que ele substituíu por esse admirável Canto sem palavras e suprimíu da colecção de mesmo modo que um Largo composto em Julho de 1837.
O prelúdio no 19 (Vivace) em mi bemol maior é um estudo, uma “épreuve d’artiste”, con certeza concebido após publicação do opus 25 (segundo caderno de 12 Estudos) em 1837, bem-vindo para representar essa tonalidade na colecção op. 28 (24 Prelúdios). Se essa peça existisse antes da publicação do opus 25, seria incluida nele, certamente.
Citando fragmentariamente a ideia de Aufschwung (Voo) no 2 do op. 12, em fa menor, composto em 1837 par Robert Schumann, Chopin fez uma homenagem au seu amigo alemão. Lembremo-nos que Schumann evocou Chopin numa cena do seu “Carnaval” op. 9, obra escrita em 1834 / 1835. O uníssono de Chopin usado nesse prelúdio no 18, em fa menor também, reforça essa elevação de espírito que ele personifica e faz os efeitos quase cénicos, como no prelúdio número 21. A obra foi provavelmente composta no começo do ano 1838. Franz Liszt conheceu opus 12 de Schumann em Viena onde encontrou Clara Wieck-Schumann em 1837. Pouco tempo depois falou a Chopin em “Peças fantasistas”, opus 12 de Schumann.
O delicioso aforístico prelúdio no 20 (Largo) em do menor foi escrito igualmente no começo de 1838. Ele exprime um ambiente solene da Corte das Tulherias em Paris onde Chopin foi convidado com o seu amigo e aluno Adolh Gutmann. “O Sr. Chopin, esse pianista tão extraordinário como modesto, foi convidado ao Palácio para tocar por um círculo íntimo. A gente presente soube apreciar, como numa reunião de artistas, o mérito eminente do jovem compositor, mas admirou sobretudo as suas inesgotáveis improvisações que ocuparam quase toda essa reunião nocturna e suscitaram palmas unânimes.” – escreveu a “Revue et Gazette musicale de Paris” no dia 25 de Fevereiro de 1838.
Chopin tocou essa marcha solene a George Sand em Valhdemosa. De certo, impressionada pelo ambiente do convento, a romancista ouviu nela um canto fúnebre.
Como esse poeta, que no seu “Ultra Coelos” evoca a solidão infinita cujo concerto inefável escutava outrora —, e o enxame fogoso dos primeiros sonhos —, e os astros mudos entrelaçando suas chamas —, Chopin, inclinado ao abismo desconhecido da vida, palpitante de pavor alegre e de desejo, abraçou nos seus Prelúdios, com uma irresistível vontade, a sombra de todos os haveres que não pôde embargar.
Ano de criação | Tonalidade e numéro no opus 28 | Parentela |
1829 | do sustenido menor / 10 | capricho |
1829 | sol menor / 22 | capricho |
1829 | lá menor / 2 | canto sem palavras |
1830 | sol sustenido menor / 12 | tocata |
1831 | sol maior / 3 | estudo |
1831 | fa sustenido menor / 8 | estudo |
1831 | ré menor / 24 | improviso |
1834 | (lá bemol maior / obra póstuma) | |
1836 | lá maior / 7 | mazurca |
1837 | lá bemol maior / 17 | canto sem palavras (humoresca) |
1838 | fa menor / 18 | improvisação sobre um tema de Schumann |
1838 | mi bemol maior / 19 | estudo |
1838 | do menor / 20 | estudo |
1838 | mi menor / 4 | nocturno |
1838 | ré maior / 5 | estudo |
1838 | si menor / 6 | nocturno |
1838 | si maior / 11 | estudo |
1838 | mi maior / 9 | nocturno (coral) |
1838 | fa sustenido maior / 13 | nocturno |
1838 | do maior / 1 | improvisação |
1838 | si bemol maior / 21 | nocturno |
1838 | fa maior / 23 | arabesco |
1839 | mi bemol menor / 14 | estudo |
1839 | ré bemol maior / 15 | nocturno |
1839 | si bemol menor / 16 | estudo |
(1841 | do sustenido menor, opus 45) |
(ensaio “Regards sur les Préludes de Chopin” publicado em francês em Zurique em 1974 na Revue musicale suisse / Schweizerische Musikzeitung e em Barcelona em 1982 no Anuario Musical Istituto español de musicologia; traduzido para português por autor em 1981 e publicado no Jornal de Notícias, Porto em 2008)
Jean-François Grancher (Voya Toncitch)
Se o elemento pictural for pouco importante na obra de Chopin, a tradução visual dos Pre-lúdios representa um papel activo. O autor, com certeza, ouviu os seus pensamentos sonoros antes de exprimí-los ao piano e reproduzir. —Assim, um mi bemol não é o heterónimo dum ré sustenido, um mi sustenido na visão do músico é diferente totalmente dum fa, ou um fa bequardo dum sol.—
As inúmeras edições de Prelúdios de Chopin permitiram-se de “interpretar” o manuscrito de Chopin.
Paderewski e os seus sucessores mudaram o mi bemol do ter -ceiro compasso do Prelúdio número 4 em ré sustenido julgando o acordo o da sétima da do-minante em mi menor com mi como o retarda-mento. Esse acordo tornase no quarto compasso sob-dominante alterada em la menor com a sexta ajuntada por causa da transformação do fa sustenido em fa natural.
No vigésimo-terceiro compasso mudaram o si bemol em lá sustenido dando a mesma explicação tão exacta como infantil:esse lá sustenido é a nota de base alterada do acordo da sob-dominante em mi menor com a sétima ajuntada.
No oitavo compasso do Prelúdio número 8 substituiraram o fa dobro sustenido da notaçao original por um sol natural julgando-o a sob-dominante em si menor com a sexta ajuntada.
No décimo segundo compasso do Prelúdio número 12 mudaram o fa do texto original em mi sustenido exigido pelo sentido do acordo.
Hugo Riemann, revendo a Prelúdio número 8 na edição de Steigraeber substitui o mi bemol escrito por Chopin pelo ré sustenido nos compassos números 3 e 4; nos compassos números 9 e 10 não respeita a mudança do la em si dobro-bemol.
Quase todas edições têm um bemol antes o mi do último acordo do terceiro compasso do Prelúdio número 20, que não fica na notação original.
Assinalemos que os manuscritos e as edições originais prescrevem o compasso 3/2 do Prelúdio número 13 que convem perfeitamente ao seu carácter épico. Quase nas todas edições o compasso 3/2 é substituido por 6/4, etc.
[in French]
Voya Toncitch
Les Ballades de Chopin
«Où est la vérité? Dans les petites réalités de chaque individu ou dans le rêve immense de l’humanité?» se demande Jorge Amado (1912–2001) dans le dernier chapitre de son roman «Les Vieux Marins» écrit en 1961.
La vérité artistique, en général, et la vérité musicale, en particulier, ne proviennent-elles pas souvent de la réalité d’un rêve? Certains rêves sont réalisables parce qu’ils découlent d’une inspiration. S’il est relativement facile de découvrir la source d’inspiration menant à la réalisation d’un «rêve humain», il est beaucoup plus difficile d’expliquer et comprendre l’impulsion qui déclenche ce processus chez un individu doué qui ressent le besoin de s’exprimer, d’extérioriser les influences subies par son intériorité.
Dans le cas des Ballades de Chopin, cette impulsion primitive et originelle qui a déclenché le processus de création à plusieurs reprises et dont l’évolution et les transformations ont préparé et rendu possible leur avènement, n’a jamais été complètement élucidée en dépit de nombreuses tentatives de musicologues et interprètes de saisir ces "petites réalités individuel-les" faisant partie de cet "immense rêve humain" y matérialisé.
Chopin écrivit de Marseille le 17 mars 1839 à Wojcieh Grzymala: "Ma compagne vient de terminer le plus admirable des articles sur Goethe, Byron et Mickiewicz. Il faut le lire pour se réjouir le coeur. Je te vois te réjouissant. Et tout est si vrai, les aperçus sont si grandioses, à une si grande échelle par la force des choses, et sans aucun détour ni la moindre velléité de décerner les louanges. Fais-moi savoir qui l’a traduit. Si Mickiewicz lui-même voulait y mettre la main, elle reverrait volontiers ce qu’il écrirait, et ce qu’elle a écrit elle-même pourrait être imprimé comme discours préliminaire avec la traduction."
Ce remarquable essai de George Sand parut dans La Revue des Deux Mondes le 1er février 1839 sous titre "Essais sur le Drame Fantastique".
La Ballade opus 38, en fa majeur de Chopin, prévue ou ébauchée probablement entre 1836 et 1838, prit sa forme définitive sous l’impact de l’essai de George Sand. Annoncée à Camille Pleyel le 22 janvier 1939, elle fut publiée à Paris au mois d’octobre 1840 aux Editions Troupenas.
Dans le chapitre consacré à Goethe, George And, évoquant la nouveauté et l’originalité de la forme de Faust, constate qu’elles consistent en association du monde métaphysique et du monde réel.
«Andantino» de la Ballade opus 38 en fa majeur, par sa simplicité apparente traduit le monde intérieur que George Sand considère comme un combat de la conscience avec elle-même, avec l’effet produit sur elle par le monde extérieur dramatisé sous des formes visibles. Cet effet ingénieux et neuf est traduit par «Presto on fuoco» qui, malgré son apparence passionnée, semble dénoter ce scepticisme de Goethe, filtré par la plume de George Sand considérant sa philosophie comme une religion de l’avenir. La réaction sonore de Chopin exprimée dans ce "Presto con fuoco", quoique quelque peu descriptive (chose relativement rare chez Chopin) est un commentaire psychologique spontané des constatations de la romancière considérant la science et le lyrisme de Goethe comme armes plus puissantes que l’esprit. Ce «Presto con fuoco», ce commentaire psychologique sonore, voire sa réaction aux influences subies par l’intériorité de Chopin par son environnement spirituel, l’essai de George Sand en l’occurrence, s’efface devant la force tranquille de «Andantino» initial et semble confirmer les paroles de la romancière qui voyait en poète un composé d’artiste et de philosophe. ("Cette définition est la seule que j’entende.") Mais où se trouve le beau matériel, où se trouve le bel intellectuel dans la Ballade opus 38 en fa majeur de Chopin? Certainement dans la fusion logique et spontanée de «Andantino» et de «Presto con fuoco», engendrant sa poésie aux échos germaniques. Cette poésie que George Sand dans son essai ressent comme une expression de la vie en nous, ingénieuse ou sublime suivant la puissance de ces deux ordres de faculté en nous et provenant du sentiment du beau transmis à l’esprit par le témoignage des sens (le beau matériel) et du sentiment du beau conçu par les seules facultés métaphysiques de l’âme (le beau intellectuel).
La Ballade opus 38 en fa majeur de Chopin est certainement l’oeuvre la plus concise de Chopin. Privée de silences éloquents susceptibles de traduire en langage sonore des désirs exaltés évoqués par George Sand, les effusions de Chopin concrétisées semblent découler de la virtuosité verbale de la romancière visant les cordes les plus harmonieuses de Goethe, sa création sublime privée de la pensée d’amour créatrice et assoiffée de la connaissance de l’infini. Cette Ballade de Chopin, certes, ne démontre pas l’effroi de son imagination devant l’impact produit par l’Essai de George Sand parlant du désir de l’âme, lassé, se montrant à l’imagination muette, insensible, terrible, inconsciente comme la fatalité qui l’avait produite et qui présidait à sa durée. Cependant, son imagination y parait conditionnée par ce même impact.
Et, comme la romancière, qui ne voulait juger Goethe que sur ses créations, sur Goetz de Berlichingen, sur Faust, sur Werther, sur le comte d’Egmont, négligeant ses Mémoires et se méfiant quelque peu du jugement que "l’homme vieilli sans certitude doit porter sur lui-même et sur les faits de sa vie passée", voyant dans tous ses héros des défauts, des faiblesses, des erreurs qui l’empêchaient de se prosterner, mais aussi un fond de grandeur qui les lui fait aimer, Chopin dans sa Deuxième Ballade, ne lui donne jamais tout-à-fait raison ni tout-à-fait tort, confirmant que les plus grands ont des faiblesses, que les plus faibles ont des vertus.
Publiée par M. Schlesinger a Paris en 1841, la Ballade opus 47 en la bémol majeur, fut exécutée par Chopin au cours d’un concert donné dans les salons de Camille Pleyel le 21 Février 1842. Le critique Maurice Bourges dans son compte-rendu, paru dans la Revue et Gazette Musicale de Paris le 21 Février 1842, écrivit:
"... Mais c’est surtout à la troisième ballade qu’on a rendu les armes. À notre sens, c’est une des compositions les plus achevées de M. Chopin. Sa flexible imagination s’y est répandue avec une magnificence peu commune. Il règne dans l’heureux enchaînement de ces périodes aussi harmonieux que chantantes une animation chaleureuse, une rare vitalité. C’est de la poésie traduite, mais supérieurement traduite par des sons."
Cette poésie supérieurement traduite par des sons semble prendre sa source dans Manfred de Byron. Nous ne pouvons pas affirmer que Chopin connaissait l’oeuvre du poète anglais, mais nous connaissons déjà son admiration pour l’Essai de George Sand dont le deuxième chapitre est consacré à Manfred.
La romancière voyait en "fantastique" de Faust le désordre et le hasard aveugles, en "fantastique" de Byron la sagesse et la beauté divines. Elle jugeait Byron moins artiste que Goethe, moins habile, moins correct, moins logique à bien des égards, mais beaucoup plus religieux que la plupart des poètes spiritualistes de l’époque.
Plongé, comme Manfred, dans les profondeurs et les magnificences de son imagination et sentant, comme Byron, en lui-même une puissance qui ne peut tomber sous l’empire du néant, éternelle, invincible, se révoltant contre les découragements de sa pensée, le poussant vers les espaces inconnus et l’enchaînant à la poursuite des mystères impénétrables, Chopin dans sa Ballade opus 47 en la bémol majeur combat le désespoir, l’ennui et la douleur et ses efforts gigantesques entrant dans les sphères d’intelligence supérieure, y trouvent leur application dans une architecture compositionnelle aussi parfaite que variée, toute imprégnée d’idée de George Sand considérant une belle forme dans l’art comme un bienfait élevant le jugement, aiguisant et retrempant le goût, ennoblissant les habitudes et ravivant les sentiments. Mais, Chopin dans sa rêverie solitaire relatée dans la Troisième Ballade, ne descendait point dans les caveaux de la mort, comme Byron, pour y rechercher ses causes dans ses effets. Comme les Esprits qui cherchent à séduire Manfred par l’appât de la prospérité humaine, en lui offrant la puissance et la force, et de longs jours, Chopin force nos esprits dans sa Troisième Ballade par l’appât de l’indicible, mais sensible et saisissable, doux, mais vigoureux et puissant, chantant, mais dramatique et audacieux, hardi, mais mesuré et rythmé, brillant, mais sobre et élégant, justifiant magistralement les dires de Maurice Bourges:
"J’avoue qu’il y a des talents dont il n’est pas aisé de bien définir la nature. On épuiserait toutefois les trésors de la figure et de la comparaison avant d’avoir pu donner une idée claire et suffisante de certains styles. Celui de M. Chopin, que j’ai tâché plutôt de peindre que d’analyser, appartient à cette famille excentrique. Et, peut-être est-ce là le véritable secret du charme répandu dans ses moindres compositions. Il faut renoncer à donner les motifs réels de leur attrait irrésistible pour se contenter de le subir. La source de ces sortes de sensations échappe aux curieuses explorations de l’analyse et demeure inconnue comme celle du vieux Nil égyptien qui descendait on ne sait d’où. A cela il y a une raison assez naturelle: la beauté peut à la rigueur se disséquer, s’anatomiser trait par trait, mais la grâce, cet adorable je ne sais quoi, se sent plus qu’elle ne se démontre. On reconnaît à son influence la divinité enveloppée de son mystérieux nuage."
Chopin annonça son opus 49 aux Editeurs allemands Breitkopf & Haertel par une lettre écrite le 4 Mai 1841.
"L’oeuvre quarante-neuf, publiée sous titre de Fantaisie, est beaucoup plus importante (que le Prélude en ut dièse mineur, opus 45). Elle commence en fa mineur par une espèce de marche, dans laquelle il y a de l’imprévu harmonique du meilleur effet." écrivait Maurice Bourges dans la Revue et Gazette Musicale de Paris le 17 avril 1842.
La fantaisie en fa mineur, opus 49 de Chopin est une Ballade impulsée par le troisième chapitre de l’Essai de George Sand consacre à Mickiewicz, intitulé "Konrad" (de nom du type privilégie de Mickiewicz, et, en particulier, celui du héros de "Dziady").
Après avoir constate que Mickiewicz ne mêlait le cadre avec l’idée, comme Goethe dans Faust, ne le détachait de l’idée, comme Byron dans Manfred, la vie réelle étant elle-même un tableau énergique, saisissant, terrible avec l’idée au centre, George Sand souligne que le monde fantastique n’est pas en dehors, ni au-dessus, ni au-dessous, mais au fond de tout, mouvant tout en tant que l’âme de toute réalité et habitant tous les faits, avant de discerner les deux faces du génie de Mickiewicz, son génie du récit dramatique et son génie de la poésie philosophique.
Ce "Tempo di Marcia (Grave)", semble traduire l’espoir de victoire finale nourrissant les patriotes polonais enfermés dans le cloître des prêtres Basyliens transformé en geôle d’état. Comme cet Esprit de Mickiewicz cité par George Sand, Chopin semble se demander dans "Poco a poco doppio movimento": «Homme, pourquoi ignores-tu l’étendue de ta puissance?
Quand la pensée dans ta tête, comme l’éclair au sein des nuages, s’enflamme invisible encore, elle amoncelle déjà les brouillards et crée une pluie fertile, ou la foudre et la tempête...
Toi aussi, comme un nuage élevé, mais vagabond, tu lances des flammes sans savoir toi-même où tu vas, sans savoir ce que tu fais! Hommes ! II n’est pas un de vous qui ne puisse, isolé dans les fers par la pensée et par la foi, faire crouler ou relever les trônes". Mais, ici Chopin semble contredire George Sand qui parle de la lutte du désespoir contre l’héroïsme, de la voix d’enfer qui essaie de vaincre en redoublant la souffrance et de l’autre voix du ciel qui console et qui aide à persévérer. Son sentiment personnel est animé par l’optimisme, par la sérénité d’esprit, par une clarté presque transparente à la reprise de la Marche, quelque peu estompée dans Lento sostenuto faisant appel aux sentiments religieux qui préparent son nouvel essor, fougueux, haletant, vers la victoire finale.
Cette Fantaisie, cette Ballade opus 49 de Chopin, prépare l’avènement de son opus 52, sa Ballade en fa mineur, qui est un véritable drame fantastique incité par l’Essai sur le Drame Fantastique de George Sand.
La romancière signale que Goethe intitule Faust "tragédie", Byron nomme Manfred "poème dramatique", Mickiewicz désigne son oeuvre "Dziady" plus légèrement sous le titre de "acte" (peut-être pris dans le sens péripatéticien, car, n’oublions pas, Aristote disait que la musique imitait les états d’âme, les affections et les actes). Dans la dernière Ballade de Chopin, Konrad et Esprit ne sont plus seuls sur la scène. Jacob, Adolphe, Frejend, Felix Kolakowsky, Jegota, Suzin, Thomas, Jean Sobolewski, Lwowicz les rejoignent. Leur sinistre réalité est transformée par Chopin en vérité fantastique qui pénètre son drame. L’âme de Konrad est envolée, elle erre dans une contrée lointaine. Peut-être lit-elle l’avenir dans les cieux. Peut-être aborde-t-elle les esprits familiers qui lui raconteront ce qu’ils ont appris dans les étoiles!... Quels yeux étranges!... La flamme brille sous ses paupières... Ses yeux ne disent rien, ne demandent rien... Ils n’ont pas d’âme... Ils brillent comme les foyers qu’a délaissés une armée partie en silence et dans l’ombre de la nuit pour une expédition lointaine; avant qu’ils ne s’éteignent, l’armée sera de retour dans ses quartiers... Konrad s’élève... Konrad s’envole... Là, au sommet du rocher... Il plane au-dessus de la race des hommes, dans les rangs des prophètes! De là, sa prunelle fend, comme un glaive, les sombres nuages de l’avenir; ses mains, comme les vents, déchirent les brouillards!... Il fait clair... il fait jour!...Konrad abaisse un regard sur la terre: là se déroule le livre prophétique de l’avenir du monde !...Là, sous ses pieds! Vois, vois les événements et les siècles futurs, pareils aux petits oiseaux que l’aigle poursuit! . . .Konrad est l’aigle dans les cieux! . . .Vois-les sur la terre s’élancer, courir; vois cette épaisse nuée se tapir dans le sable... Konrad recueillera ses pensées; Konrad achèvera son chant. Ces chants brillent sur les hauteurs de son âme, comme des torrents souterrains, comme des étoiles sur-lunaires. Son âme fait tourner les étoiles d’un mouvement tantôt lent, tantôt rapide; les millions de tons en découlent; "C’est moi qui les ai tous tirés. Je les compte tous, je les assemble, je les sépare, je les réunis, je les tresse en arc-en-ciel, en accords, en strophes; je les répands en sons et en rubans de flamme. Je chante seul, j’entends mes chants comme le souffle du vent; ils retentissent dans toute l’immensité du monde, ils gémissent comme la douleur, ils grondent comme des orages; les siècles les accompagnent sourdement."
Comme une "comète vagabonde issue d’un brillant soleil", la Dernière Ballade de Chopin marque le point culminant atteint par son génie.
La Première Ballade de Chopin, opus 23 en sol mineur, conçue à Vienne en 1830 et publiée à Paris en 1836, revêtant la forme quelque peu rhapsodique bien que tous les épisodes la constituant soient savamment amalgamés dans une entité compacte, inaugure un nouveau genre du répertoire pianistique, une nouvelle forme qui sera reprise par Liszt, Brahms, Grieg, Fauré, mais qui demeurera propriété exclusive de Chopin.
Dans son édition de travail des Ballades de Chopin, parue chez Maurice Sénart à Paris en 1929, Cortot cite son conférencier Laurent Gillier qui proféra en 1924:
«La Ballade en prose qui est la source inspiratrice de cette composition constitue le dernier épisode de la quatrième partie de Conrad Wallenrod, légende historique d’après les chroniques de Lituanie et de Prusse (1828), épisode dans lequel, Wallenrod, à l’issue d’un banquet et surexcité par l’ivresse, vante les exploits des Maures se vengeant des Espagnols, leurs oppresseurs, en leur communiquant au cours d’effusions hypocrites, la peste, la lèpre et les plus effroyables maladies qu’ils avaient contractées volontairement au préalable, et laisse entendre, dans la stupeur et l’épouvante des convives que lui aussi, le Polonais, saurait, au besoin, insuffler la mort à ses adversaires, dans un fatal embrassement.» Il s’agit du poème Konrad Wallerod d’Adam Mickiewicz.
Nous ne pouvons que rejeter en bloc ces assertions.
Faisons appel à la merveilleuse métaphore de Fernando Pessoa (1888–1935) et disons que, contemplant ce qu’il ne voyait pas, Chopin dans sa Première Ballade, après une introduction grandiose dans sa simplicité traduite en unisson, confesse ses sensations vécues et ses prémonitions, formant cette dualité existentielle qui provient de la vie «vécue» et de la vie «pensée», et de l’unique vie que nous possédons réellement, divisée entre la vraie vie et la vie erronée, sans qu’on sache et sans que personne puisse nous expliquer quelle est la vraie vie, quelle est la vie erronée.
(extrait de l’essai "Aperçu sur l’esthétique de Chopin" de Voya Toncitch, publié dans Anuario musical XXXVIII, 1983, pages 61-92, par Consejo superior de investigaciones cientificas, Barcelona, Espagne)
(Contribution by Jean-François Grancher <grancherpiano@onvol.net>.)
Interpreting Chopin (Composer versus Interpreter)
by Angela Lear
Chopin’s music has always posed a challenge to pianists. His music has retained a universal popularity and continues to be performed worldwide. Recordings of his piano music probably amount to thousands, so Chopin is apparently ‘well-represented’ – but important aspects governing the performances of his compositions have yet to be addressed.
To gain insight into Chopin’s unique musical language and stylistic practices it is essential for the interpreter to comprehend as far as possible his expressed intentions. Our knowledge and appreciation of this most elusive and innovative of composers is greatly enriched by the combined study of not only his original manuscripts and related source material (i.e. draft scores, early editions and annotated scores), but also the many statements made by his associates, friends and pupils who knew his playing and teaching principles. In addition to the considerable amount of general correspondence, reviews and reports of his concerts are revealing, although not always laudatory — especially from avid supporters of the ‘sledge-hammer school’ (Chopin’s description of pianists applying excessive force to the piano). It is also necessary to familiarise ourselves with Polish folk-music and the historical development of the Polonaise, Rondo, Krakowiak, Oberek and Mazur.
Most of us concert pianists lead very busy lives so it is reasonable to ask whether or not it is really necessary to undertake the time-consuming task of such studies. To answer that question, one so often addressed to me, I would like to cite a single example of the wide disparities that exist between Chopin’s performance directions and the interpretative approach many pianists commonly adopt when playing his famous ‘Black Keys’ Study in Gb major, Op. 10 No. 5.*
We are familiar with performances of this remarkable Study executed in brilliant bravura style — Allegro con brio/Presto with highly-charged forte dynamics, heavily accented and liberally pedalled — to suit the desired virtuosic display. This approach is, however, in direct opposition to Chopin’s original score markings and his concept of its interpretation. His score markings were actually given as leggierissimo e legatissimo (extremely light and delicate with a very smooth effect), carefully balanced against an unpedalled staccato l.h. accompaniment. The exaggerated dynamics and ‘express train’ tempo markings imposed on this Study are not to be found in the original manuscripts and so we have, regrettably, arrived at an opposing concept to that of the composer! To achieve the delicate lightness of touch required by Chopin is far more demanding technically, especially on the large concert grand pianos of today. A tonal refinement easier to ignore than achieve! There is also the problem of maintaining the tempo to include the double-octaves that descend in a final flourish of triplets. No slowing down of pace is indicated here, but it becomes inevitable when the overall tempo is taken too fast. Double-octaves being more difficult to play technically at a faster tempo than single notes! Presto metronome markings applied to this Study in editions are not from Chopin.
Where score markings are correctly stated in editions his compositions still unfortunately fall prey to all manner of facilitating alterations in performance, perpetuated by generations of pianistic ‘tradition’ and trends. Regrettably the variety of erroneous ‘revisions’ imposed on Chopin’s scores from those who arrogantly seek to remould his music into versions that suit their purposes better are often praised. The facilitating options of ‘personalised interpretation’ with ‘flexibility of expression’ — to the extent that originally written score directions are all but eclipsed — are too often defended. A carte blanche or ‘free for all’ when interpreting Chopin is often actively encouraged on the misguided premise that pretentious sentimentality and histrionic (mis)interpretations actually ‘improve’ his compositions. To perceive Chopin as the archetypal Romantic languishing in a violet-scented mist of indecision about his scores is a misconception borne of spurious legend.
Chopin had very definite views on strict adherence to his score details: "Chopin could not bear anyone to interfere with the text of his works. The slightest modification was a gross error for which he would not pardon even his closest friends, not even his fervent admirer Liszt. The composer considered these alterations as a veritable act of sacrilege". (Reported by Marmontel) [Chopin: ‘Pianist and Teacher’ by Jean-Jacques Eigeldinger] Chopin occasionally pencilled an altered dynamic or variant into the scores of pupils during lessons but it was only his prerogative as the composer-pianist to make any such alterations. On the subject of the sentimentalise/Romantic approach, we know that he shunned all forms of excess or exaggeration and was never a Romantic composer in the Lisztian or Byronic sense. Chopin’s unique musical language and aesthetic belongs to earlier forms of art-music and Classicism. He revered the music of Bach and Mozart above all other composers — the significance of which should not be underestimated when playing Chopin.
It is vital from an artistic and aesthetic standpoint that interpreters allow absolute priority to score directions and remain within the ‘guidelines’ marked on the texts by the composer. These provide our most fundamental link with his intentions. To clarify these ‘guidelines’, albeit simplistically, I refer to score indications/performance directions that form the basis of all interpretations: e.g. that sotto voce and pianissimo/piano markings are not substituted for a ‘preferred’ mezzo piano/mezzo forte/forte, or broad largo/lento tempos exchanged for the faster pace of an Allegretto etc. Chopin was also strict about the observance of his precise phrase/slur markings and agogic signs, whilst pedalling ‘remains a study for life’, as he said, and requires constant consideration. “He plays legato and piano with the pedals and not with his hands!”, was one of Chopin’s many censures.
Chopin’s preferred piano was the ‘silvery thin-toned’ French Pleyel. Having played two of Chopin’s Pleyel pianos, it is evident that the sustaining pedal could be held through harmonic changes without sacrificing the clarity of the notes. Where he indicates extended pedal markings to create a veiled and magical effect, we have to apply some caution on the resonant full-toned concert grand pianos of today if we are to avoid creating an amorphous mass of sound.
Within the wide variety of musical terminology and signs that form our score instructions the expressive scope is comprehensive. It is evident from his manuscripts at least that Chopin left nothing to doubt for his copyists and editors, crossing out his rejected score details with thick webs of diagonal lines that render it impossible to decipher previously written details. In the words of Arthur Hedley, “He hesitated long before attaching a final indication of tempo or expression, so that no pianist has the right to treat these things as a simple matter of personal preference”. To further avoid misunderstanding Chopin would write a message on his score for the engraver to clarify his precise intentions. All of which proved no guarantee against errors from copyists and editors. An example can be found in the first C major Study from Op.10 where original ms copies show only two bars to be played forte - but most editions indicate forte throughout with accents added to the r.h. figurations. Chopin also wrote diminuendos for the re-entry of the main ‘theme’ and at the closing measures. These diminuendos are often shown in editions, but are replaced with crescendos instead by most interpreters. The technical difficulties of playing the widely extended r.h. arpeggios in this Study are certainly facilitated if played relentlessly forte with unwritten sforzando bass octaves on a concert grand piano. But the question arises — is it what Chopin would have wanted? For those who consider that the composer knew best how his music should be performed, the answer is clear. A composers’ manuscript is not merely a piece of graph paper on which we can plot our own design.
There exists the ever-present predilection to sacrifice the ultimate realisation of Chopin’s art to personal whim. Wayward performances displaying an obvious ambivalence towards the text are often claimed as ‘great’ or even ‘definitive interpretations’ either for commercial purposes or from obvious misunderstandings of his music. ‘Virtuosic’ displays of meaningless digital dexterity and the flashiness of excessively fast tempos, hard-hitting aggressively exaggerated dynamics and uncontrolled tempo deviations that debase and trivialise his music have become the facile recipes for many accepted Chopin interpretations. This is not only seriously misleading to the public and untruthful but commits a grave disservice to the composer. The true art of Chopin playing presents a challenge that needs to be thoroughly reviewed and reassessed.
"Simplicity is everything... After having played immense quantities of notes, and more notes, then simplicity emerges with all its charm, like Art’s final seal. It is no easy matter."
Chopin.
(From a statement made by Chopin to his pupil Friedrike Streicher-Muller, who studied with the composer from October 1839 to March 1841 and was the dedicatee of his Allegro de Concert, Op.46).
Great music should surely ennoble the spirit, create a moving experience and provide a lasting impression to reflect upon after the final notes have been played. To allow the composer to be revealed through the re-creation of his music must be the ultimate aim of an interpreter.
*Volume 6 features a performance of the complete Studies, Op. 10 & Op. 25, on disc one. Disc two is presented as an illustrated discussion on each Study.
© Angela Lear <admin@angelalear.com> — www.angelalear.com (used with permission by the Classical Composers Database)
The list of compostions below was derived from Robert Poliquin’s website http://www.uquebec.ca/, and is used here with his permission.
"Chopin coughs with infinite grace. He is an irresolute man. The only thing about him that is permanent is his cough." [Madame d’Agoult in a letter to George Sand]...
At the time when he came into George Sand’s life, Chopin, the composer and virtuoso, was the favourite of Parisian salons, the pianist in vogue. He was born in 1810, so that he was then twenty-seven years of age. His success was due, in the first place, to his merits as an artist, and nowhere is an artist’s success so great as in Paris. Chopin’s delicate style was admirably suited to the dimensions and to the atmosphere of a salon.[25]
[25] As regards Chopin, I have consulted a biography by Liszt, a study by M. Camille Bellaigue and the volume by M. Elie Poiree in the _Collection des musiciens celebres_, published by H. Laurens.
He confessed to Liszt that a crowd intimidated him, that he felt suffocated by all the quick breathing and paralyzed by the inquisitive eyes turned on him. "You were intended for all this," he adds, "as, if you do not win over your public, you can at least overwhelm it."
Chopin was made much of then in society. He was fragile and delicate, and had always been watched over and cared for. He had grown up in a peaceful, united family, in one of those simple homes in which all the details of everyday life become less prosaic, thanks to an innate distinction of sentiment and to religious habits. Prince Radz’will had watched over Chopin’s education. He had been received when quite young in the most aristocratic circles, and "the most celebrated beauties had smiled on him as a youth." Social life, then, and feminine influence had thus helped to make him ultra refined. It was very evident to every one who met him that he was a well-bred man, and this is quickly observed, even with pianists. On arriving he made a good impression, he was well dressed, his white gloves were immaculate. He was reserved and somewhat languid. Every one knew that he was delicate, and there was a rumour of an unhappy love affair. It was said that he had been in love with a girl, and that her family had refused to consent to her marriage with him. People said he was like his own music, the dreamy, melancholy themes seemed to accord so well with the pale young face of the composer. The fascination of the languor which seemed to emanate from the man and from his work worked its way, in a subtle manner, into the hearts of his hearers. Chopin did not care to know Lelia. He did not like women writers, and he was rather alarmed at this one. It was Liszt who introduced them. In his biography of Chopin, he tells us that the extremely sensitive artist, who was so easily alarmed, dreaded "this woman above all women, as, like a priestess of Delphi, she said so many things that the others could not have said. He avoided her and postponed the introduction. Madame Sand had no idea that she was feared as a sylph..." She made the first advances. It is easy to see what charmed her in him. In the first place, he appealed to her as he did to all women, and then,
too, there was the absolute contrast of their two opposite natures. She was all force, of an expansive, exuberant nature. He was very discreet, reserved and mysterious. It seems that the Polish characteristic is to lend oneself, but never to give oneself away, and one of Chopin’s friends said of him that he was "more Polish than Poland itself." Such a contrast may prove a strong attraction, and then, too, George Sand was very sensitive to the charm of music. But what she saw above all in Chopin was the typical artist, just as she
understood the artist, a dreamer, lost in the clouds, incapable of any activity that was practical, a "lover of the impossible." And then, too, he was ill. When Musset left Venice, after all the atrocious nights she had spent at his bedside, she wrote: "Whom shall I have now to look after and tend?" In Chopin she found some one to tend. ...
When Chopin was convicted of consumption, "which," as she [Sand] writes,
"was equivalent to the plague, according to the Spanish doctors, with their foregone conclusions about contagion," their landlord simply turned them out of his house. They took refuge in the Chartreuse monastery of Valdemosa, where they lived in a cell. The site was very beautiful. ... "We are planted between heaven and earth," wrote George Sand. "The clouds cross our garden at their own will and pleasure, and the eagles clamour over our heads." ...
[A later] deplorable journey to Majorca dates from November, 1838 to March, 1839. The intimacy between George Sand and Chopin continued eight years more.
In the summer Chopin stayed it Nohant. Eugène Delacroix, who was paying a visit there too, describes his presence as follows: "At times, through the window opening on to the garden, we get wafts of Chopin’s music, as he too is at work. It is mingled with the songs of the nightingales and with the perfume of the rose trees."
Chopin did not care much for Nohant. In the first place, he only liked the country for about a fortnight at a time, which is very much like not caring for it at all. Then what made him detest the country were the inhabitants. Hippolyte Chatiron was terrible after he had been drinking. He was extremely effusive and cordial. ...
The absolute contrast of two natures may be attractive at first, but the attraction does not last, and, when the first enthusiasm is over, the logical consequence is that they become disunited. This was what Liszt said in rather an odd but energetic way. He points out all that there was "intolerably incompatible, diametrically opposite and secretly antipathetic between two natures which seemed to have been mutually drawn to each other by a sudden and superficial attraction, for the sake of repulsing each other later on with all the force of inexpressible sorrow and boredom." Illness had embittered Chopin’s character. George Sand used to say that "when he was angry he was terrifying." He was very intelligent, too, and delighted in quizzing people for whom he did not care. Solange and Maurice [Sand’s children] were now older, and this made the situation somewhat delicate. Chopin, too, had a mania for meddling with family matters. He quarrelled one day with Maurice. Another day George Sand was annoyed with her son-in-law Clesinger and with her daughter Solange, and Chopin took their side. This was the cause of their quarrel; it was the last drop that made the cup of bitterness overflow.
The following is a fragment of a letter which George Sand sent to Grzymala, in 1847: "For seven years I have lived with him as a virgin. If any woman on earth could inspire him with absolute confidence, I am certainly that woman, but he has never understood. I know, too, that many people accuse me of having worn him out with my violent sensuality, and others accuse me of having driven him to despair by my freaks. I believe you know how much truth there is in all this. He himself complains to me that I am killing him by the privations I insist upon, and I feel certain that I should kill him by acting otherwise."[29]
It has been said that when Chopin was at Nohant he had a village girl there as his mistress. We do not care to discuss the truth of this statement. ...
The year of the rupture [between Sand and Chopin] was 1847, and before the rupture had really occurred, George Sand brought out a novel entitled Lucrezia Floriani. In this book she traces the portrait of Chopin as Prince Karol. She denied, of course, that it was a portrait, but contemporaries were not to be deceived, and Liszt gives several passages from Lucrezia Florianiin his biography of the musician. The decisive proof was that Chopin recognized himself, and that he was greatly annoyed. ...
She gives us warning that it is "a sad story and sorrowful truth" that she is telling us. She has herself the better role of the two naturally. It could not have been on that, account that Chopin’ was annoyed. He was a Pole, and therefore doubly chivalrous, so that such an objection would have been unworthy of a lover. What concerns us is that George Sand gives, with great nicety, the, exact causes of the rupture. In the first place, Karol was jealous of Lucrezia’s stormy past; then his refined nature shrank from certain of her comrades of a rougher kind. The invalid was irritated by her robust health, and by the presence and, we might almost say, the rivalry of the children. Prince Karol finds them nearly always in his way, and he finally takes a dislike to them. There comes a moment when Lucrezia sees herself obliged to choose between the two kinds of maternity, the natural kind and the maternity according to the convention of lovers.
The special kind of sentiment, then, between George Sand and Chopin, Just as between Lucrezia and Prince Karol, was just this: love with maternal affection. This is extremely difficult to define, as indeed is everything which is extremely complex. George Sand declares that her reason for not refusing intimacy with Chopin was that she considered this in the light of a duty and as a safeguard. "One duty more," she writes, "in a life already so full, a life in which I was overwhelmed with fatigue, seemed to me one chance more of arriving at that austerity towards which I felt myself being drawn with a kind of religious enthusiasm."[30]
-- from Rene Doumic’s "George Sand: Some Aspects of Her Life and Writings" Translated by Alys Hallard, First published in 1910.
(contributed by MariLi Pooler <goldhatted@mindspring.com>)
35 solid facts on Chopin. This is from the site: http://clik.to/chopin/ or straight ahead at: http://destined.to/chopinhaven/.
- Chopin didn’t actually like Fantasie-Impromptu. He thought just little of it (it is thought that he didn’t have any inspiration anymore when he composed it or his frail health just became worse). He never permitted it to be published. But it was still published, though, posthumously.
- We all know that Chopin and Sand broke up because of a misunderstanding between the two. One very reliable source tells us that Sand in fact maneuvered Chopin into the mother-daughter quarrel. Sand intended it so Chopin will take the side of her daughter. This will then result into an estrangement.
- Another source contrasts to the one said above. Since Sand left her home, her children became jealous and undisciplined. So one of them plotted the said misunderstanding between the two, which caused the parting.
- Even before the break-up, Sand and Chopin already grew tensions and had small quarrels.
- It is assumed that Sand got bored of Chopin and didn’t like him anymore because of his frail health (he was already coughing blood).
- Chopin really loves Sand. She is the inspiration I said above.
- Since he really loves Sand, he carried a lock of her hair till his death.
- Chopin was afraid to be buried alive. He told his sister to cut his body open after he dies. He said this just a few days before he passed away. (Weird!!!)
- He carries an urn filled with Polish soil. It was given to him by Elsner, his teacher in Warsaw. "May you never forget your native land wherever you may go, nor cease to love it with a warm and faithful heart, - Elsner."
- He told the people to sprinkle the soil from the urn on his grave. And it was done. He was buried in France but the soil was from Poland.
- His heart is already in Church of the Holy Cross in Warsaw. It is preserved, and this is again done by his words.
- The stupid Chopin (forgive me for saying that) actually told his sister to burn all his unpublished manuscripts!
- When revolution broke out in Poland, he was in Vienna, then. So, he thought he might want to fight the Russians, too. He actually decided to go back since his friend who was living with him did so. But in the middle of the journey, he instructed the driver (if that’s what you call it) to turn back. He was convinced of the argument with his mother that he shouldn’t come back because of his feeble health. (What the! He considered to do that. The stupid idiot. He is just going to contribute to the losses of Poland against the Russians if that were so.)
- So what he did, he poured his furiousness to the piano and composed the Revolutionary etude.
- When he came to Paris in 1831, the known composers were so excited of him. They planned his debut concert on January 25, 1832. But the Parisians didn’t like his playing. One of the critics said that his playing was too soft and that there is "too much luxuriance in the modulation, and disorder in the linking of phrases". But some composers like Liszt, Mendelssohn, Berlioz etc. were fond of him.
- Since the Parisians didn’t like him, he considered the thought of leaving France for America.
- Then he met Prince Radziwill, who persuaded him to stay, brought him to the salon of Baron Jacques de Rothschild. There, he was praised and was made to teach the children for 20 francs a lesson.
- He said himself that, "I give myself an impression of a violin’s E string on a bass viol."
- He also stated, "Our best tuner has drowned himself - now I do not even have a piano tuned as I like it - All I have left is a big nose and an underdeveloped fourth finger."
- He had small fingers, but as someone stated, it stretched like the jaws of a snake. This astonished most pianists.
- Chopin was in fact surrounded with such beautiful things. Sand once wrote:
"To tear Chopin away from so many gateries, to associate him with a simple, uniform, and constantly studious life, he who had been brought up on the knees of princesses, was to deprive him of that which made him live, a factitious life, it is true."
- Chopin visited many salons each night to play. He goes to about 20-30 salons a day just to satisfy himself.
- He was "great in small things" even though he was "small in great things" as someone said.
- Szopen is supposed to be his family name but then it was changed to a more Gallic Chopin.
- Schumann said that Chopin is "the boldest and most proudest poetic spirit of our time".
- Chopin adores Mozart. That is why Mozart’s Requiem was played during his funeral.
- He once stated when he arrived in Paris: "I don’t know where there can be so many pianists as in Paris, so many asses and so many virtuosi."
- He told Liszt once: "The crowd intimidates me. I feel asphyxiated by its breath, paralyzed by its curious looks, dumb before the strange faces."
- Berlioz said he was dying all his life.
- He fell in love with a popular singer but never spoke to her. Then he got secretly engaged to a young lady but her family wouldn’t allow marriage for Chopin’s insubstantial health.
- The love affair between Sand and Chopin was a scandal for Sand was "that woman" to most of Chopin’s acquaintances.
- Sand and a few other people once saw him before his piano, his eyes wild and his hair almost standing on end. It was many moments later before he recognized them.
- He composed his piano concerto no. 2 before his piano concerto no. 1, the second was just published after the first.
- His first published work was Rondo in C major, op. 1 when he was 15.
- Chopin once wrote to a friend after his break-up with Sand, "I do my best to work, but it just won’t do. If I go on like this, my new works will not remind you of warbling birds and not even of broken china. - I work a little. I scratch a lot."
(Contribution by <chopin_net@hotmail.com>)
Prémières pour Frédéric Chopin
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Commenti
Anonimo (non verificato)
Mer, 2009-07-08 17:14
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piano-man
I think,correct me if i am wrong that was an only piano composer,although what he achieved with the instrument have/not be surpassed till this day.
asdrobia,chopin
jpgadmin
Mer, 2010-09-08 08:36
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Dr. David Wright's article
Dr. David Wright's article about Chopin and the comments on it have been removed from this page.